A surpresa feliz
Teimo em continuar a escrever, até desistir de ser teimosa.
Antes de começar esta coisa do isolamento social eu acho que já o praticava parcialmente. Digo isto porque não sou fácil de aturar, e ao dividir a minha vida entre duas cidades perdi muita gente, que já não encontro. Algumas pessoas porque foram estudar para longe daqui, não voltaram, outras imigraram e outras estiveram-se nas tintas. O que é certo é que nunca mais as vi. Uma coisa é certa, já lá vai o tempo em que gostava de estar no meio de muita gente. Aprendi que conhecer muita gente é bom. Ter amigos também. De preferência que se contem com apenas os dedos de uma mão. São os melhores.
Hoje recebi um telefonema surpresa que adorei. Uma amiga, amiga, de infância, a quem eu por vezes telefonava. Foi muito confortante ouvir a sua voz, recordar as férias na Zambujeira quando éramos pequenas, a primeira vez que bebemos espumante...
Não nos vemos há muito, mas ficou a promessa: Assim que for possível vamo-nos encontrar.
Vou beber café. Até.